segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A UTOPIA NO ENSINO, PEDAGOGIAS FALHADAS.

A UTOPIA NO ENSINO, PEDAGOGIAS FALHADAS.
Esse artigo parte da minha reflexão de um documentário “ veste a minha pele” e o livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire.  Assistindo o documentário e o professor falava que “ todos somos iguais” ou todas somos iguais. Isto no ato do ensino e plena sala de aula, falam que tod@s são iguais, mas quem é pobre, seja negr@ , branc@ ou mulher e principalmente as negras na sociedade Brasileira( ocidental), e não só,  e como é de costume a sociedade ocidental patriarcal desde sempre massacrou e continua massacrando as mulheres. E aí, questiono que a igualdade temos, se nunca teve  exemplo um “papa”  negro. Situação forte para o resto de mundo.  Quando é que terá mais  alun@s negr@s nas universidades Brasileiras, pelo menos em quantidade. E ainda quantos professor@s que discriminam os negr@s, os pobres, os homossexuais, os gordos ou gordas etc. citando Paulo Freire que ensinar exige criticidade. A falta de criticidade e autocrítica dos profissionais da educação,  faz dessa realidade algo eterno. [...]  e não vai nesta consideração nenhuma arrancada falsamente humanista de negação de negação da tecnologia e da ciência. FREIRE, 1996, pág. 32.  O que falta é o que Paulo Freire considera fundamental a reflexão crítica sobre a prática dos docentes no dia a dia.  Não podemos esquecer que a educação é um ato de intervenção. [...] A educação, especificidade, como um ato de intervenção no mundo. É preciso deixar claro que a o conceito de intervenção não está sendo usado como nenhuma restrição semântica. Quando falo em educação como intervenção me refiro tanto à que aspira a mudanças radicais na sociedade, no campo da economia, das relações humanas, da  propriedade , do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde, quanto a que, pelo contrário, reacionariamente pretende imobilizar a História e manter a ordem Injusta. FREIRE, 1996, pág. 109. Muitos educador@s pensam que quando utilizam práticas como progressistas ou transgressoras saem das suas práticas discriminatórias. As utopias não vão acabar hoje, mas é preciso que os profissionais da educação tomam posição radical contra a homogeneização quanto estão em sala de aula. Os discentes precisam ouvir e pensarem sobre a sua realidade. Mas para isso, @s professor@s precisam incutir as curiosidades,  e não mais esses dizeres” Que tod@s somos iguais” é uma mentira deixar os alunos pensar assim, e depois sentirá que é excluído no grupo. É melhor prevenir e deixar as coisas claras.  Embora essa frase utópica vem das constituições de muitos países. Temos de reatualizá-la.
By Gabriel Ambrósio. Estudante de Letras. Mavenda Nuni ya África.

04 de Agosto de 2014. 

terça-feira, 24 de junho de 2014

O AFLORAR DA IGNORÂNCIA E DESPREZO.


O AFLORAR DA IGNORÂNCIA E  DESPREZO  
Tenho observado que os famosos de todo quanto é lado, fazem amostras dos símbolos da cultura Africana  “Egípcia”.  E que não valorizavam em nada. Talvez a hipocrisia espalhada pelo ocidente. Músicos desde Michel Jackson fizera o vídeo com cobras e um rei ou “ faraó “ hoje em pleno século XXI, a Kety Perry num dos seus videoclipes mostra os símbolos culturais do Egito.
 Famosas  ocidentais, nunca valorizam o continente africano.  Mas vão usando os símbolos,  servindo como fonte da água que bebem através da cultura, Bem no século passado Cheikh Anta Diop[1],  um cientista e pesquisador, quando prontificara em defender que os antigos egípcios era pretos “ negr@s” e muitos não aceitara. Ocidente, pode  até usar os símbolos, como estamos no mundo globalizado, mas deve  respeitar  a fonte de inspiração do mundo.” África”. Vejam umas das primeiras cópias. Isso ai: 





 o primeiro é original do Egito antigo, e os  Estados Unidos copiou o seu Águia. Essa aventura não acaba não, é só para fazer lembrar-vos que uma das figuras simbólicas respeitadas, é o caso do báculo dos papas: 



Imagens de báculo é cópia do Egito Antigo,mas não  referenciam. Se o mundo acadêmico nos ensina que tudo que reproduzimos  e  que não é nosso devemos dar a referência, nós temos a plena consciência, que não é originário deles, só não  dão a referência, porque sabem que darão créditos ao continente africano, e outro porque eles fazem plágios. E  isso que muitos inclusive  famosos também  fazem ganhando fama. Como alguns amigos no facebook, principalmente Núbio , Griot Alkebu-lan   demonstram as várias imagens que os países ditos desenvolvidos imitam, sem antes valorizar. Vejam isso


:
 O aflorar das críticas mentes dos jovens africanos, inspirados pela geração do passado. Está demonstrando ao mundo o legado roubado. Ninguém fala nada que esse prêmio utiliza a imagem da deusa! Ou seja Kemet terra dos negros. E isso é apenas um exemplo. E  tem outras, imagens  que para reforçar a ideia  e não estou inventado nada.   
e
 vamos ver estas imagens que aqui representados pela empresa que pretende promover os seus produtos, mas usando a bandeira de Angola e o país Moçambique: 





Eis  isso mostra simplesmente a ignorância é grande. A bandeira de Moçambique não é aquela que aparece por baixo do nome Moçambique.  Nunca fazem essa confusão com os países europeus, asiáticos ou Americanos.   Só com africanos. É assim usam símbolos de uma forma para ganharem fama e lucros capitais. Vejam a bandeira de Moçambique:



    
Não há diferença não? Há sim muita diferença.  Está tudo dito.
Continuando, mantém o complexo de inferioridade para os negros, o continente e sua diáspora! Sinto raiva, da tamanha hipocrisia ocidental, não referenciam a terra mágica dos vossos ancestrais estúpidos, sem memória, o que fazem é inculcar mais ódio e cheio de desprezo! Isso sim. Esse texto, vai despertar o meu povo dentro e fora. Só com isso, poderemos cutucar essa hipocrisia e deixar os povos  mais reflexivos da realidade que se vive. Imaginemos o que essa gente faz com o continente africano, seja o inverso. Todos iriam denunciar, desmeritar e levantarem os protestos de  direitos de propriedade, mais como o continente africano “pizza” ou  ( carne)  do ocidente!





 E essas potências dividem-na, desde a conferência de Berlim, 1884/85 até hoje não e nunca deixaram os africanos e paz. E sempre querem colocar a máfia nos governos, e nos povos inconformados, vendendo-lhes armas de fogo,  e para continuarem as guerras, os conflitos e eles aproveitarem levar os pedaços aos poucos.   E não esqueçamos que a representação dos símbolos africanos tem o seu valor, mas estes famosos como acima tinha dito essas imagens são do videoclipe da Kety Perry e Michel Jackson, usam para sua recriação sem devido respeito! E ainda clareiam os símbolos, aproximando aos brancos, em vez de negros como era a originalidade dos símbolos.






  E o meu questionamento Será que se esses reis tivessem os filhos, e netos gostariam de ver as imagens dos seus ancestrais assim? E  mais triste ainda lhes coloram, e não deixam como eram negros, de pele escura. Menosprezando a negritude. É Isso que foi uma luta entre os intelectuais europeus e o africano  Cheikh Anta Diop, para firmar com várias pesquisas o valor do povo do Egito antigo, de  que eram negros e não brancos ou asiáticos.  Como os africanos não têm o hábito de denunciar por causa do medo, e a falta de coragem de pensar e se apropriar a nossa própria origem e nossos símbolos, que têm sido roubados todos os séculos. Esse é o círculo das produções das novas gerações africanas. Não especulamos atoa, mas somos fruto de nossas análises e pesquisas de muitos de nós, e os conhecimentos que adquirimos nas academias, nunca mostram nada, além dos únicos olhares eurocêntricos e norte americanos.  Os africanos e sua diáspora sempre postos na retaguarda. E com isso, fazem com que  nós nos sintamos inferiores e alienados em produções científicas, dando a maior ênfase, e deixando como sempre os negr@s no oculto da produção mundial. O caminho está aberto...
Por   Gabriel Ambrósio. “  Mavenda Nuni ya África” —20/06/2014. 24 de junho de 2014.  

Algumas imagens retiradas nos poste dos amigos africanos no facebook.  https://www.facebook.com/mentes.adormecidas/photos_albums. Estão disponíveis. Acesso 24 de junho de 2014.



[1] Professor, Doutor Cheikh Anta Diop, foi Egiptólogo, antropólogo senegalês, estudou 22 anos estudando os hieróglifos, e pesquisando sobre os primeiros povos que habitaram e que desenvolveram a primeira civilização Egípcia foram negr@s e não brancos. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

LIVRO A VENDA PELA EDITORA SCORTECCI SÃO PAULO

TENHO UM CONTO INTITULADO " MOSCA VOANDO" MAVENDA NUNI YA ÁFRICA.
http://www.scortecci.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=9543&friurl=:-ANTOLOGIA-INCERTEZAS-E-SUAS-FRAGILIDADES---VOL-I--Varios-Autores-:
Primeiro conto do Gabriel Ambrósio. Mavenda Nuni yÁfrica

GRUPO/ PROAFRO

Na procura de história, anos especiais sem ser especial
Cruzei ao centro não pela localização
Mas um grupo especial
Extensionistas africanos na Puc
Nossos cruzamentos foram aumentando Puc
As nossas coordenadoras orientam e nos ensinam;
Ensinam detectar o vírus brasimundo
Aonde inquiro o ódio”racismo”
Poetando na hora sóbrio
Do acaso das sombras invisíveis e velado
Somos odiados feito a África
Proafro é arco-íris de saberes!
Desvelando ânsia dos  reencontros seculares.
Nos olhares forasteiros e velação interiores
Gritos desalienantes e combates fortes
Localização dos deuses politeístas!
Da força esfingeada dos faraós
Força das rainhas mediantes orixás
Rosas negras da minha paixão Isis!
Entoação de vozes encantadas pelo exum
Cantadas das belezas e  melodia eterna,
amores cristais dentro de vós Nzola!
Frontando trinta e mais lutas é lata da alma
Orando pelos exum, nas louvores dançantes
Descendentes es a nossa causa, nossas irmãs  e irmãos
Que seja a proafanidade entre nós! E desperta  os gritos  os falsos
Tragam em mim a inspiração coletiva
Nzola Kuntima mane( amor no meu coração) kwayenu( por vós.
Fortaleça a dinastia do Zumbi e sua amada por nós
Afrodescendentes heroínas que lutam por bem de tod@s!
As águas já não impedem   desuniam
Sons fortes quantas as águias guiam
Reencontro no meio dos duras quedas de emoção! E nkenda ya mansanga(pena e lágrimas
Não das tristezas, mas do consolo
Da êxtase grupal e discursivo
A dor dos que passam por nós
E resistência dos que ficam !
Religar forças amazônicas e bas dos nossos yasmim eis mim
Segmentos sequenciais
Proafro, sem foro;
Do forasteiro ao coração!
Lumbu,lumbu( dia a dia)
                                                                                                      Phunta abeni( perguntas e obrigad@s
Poesem  todas gerações
Aqui e lá
Mas wayonso ( para tod@s
Um sonho real, na areal
Encarapinhar os pensamentos
Juntos na irmandade
 E fraternidade de nossos estudos
Em conjunto
De ( amig@s) kambas !!!

Cinco estrelas e luas

Da negrura do racismo e forças eternas
A vigorar poetizas em um solares de sons

Eis tu Proafro e seus membros, poetadas Mavenda Nuni Ya África 08/01/2014. Gabriel Ambrósio